Delegado diz que Yuri, agressor de Victor, cometeu crime de homofobia: “Existem negros racistas e um gays homofobico”
Publicado em:
16/09/2023
A cada dia que passa a corda aperta um pouquinho mais para Yuri, o agressor de Victor. O Ministério Público denunciou e a justiça acatou. Yuri agora é réu acusado de lesão corporal, a homofobia e falsidade ideológica.
Agressor de Victor vira réu
O Ministério Público (MP) tem a função de fazer uma denúncia contra alguém que cometeu um crime. Se um juiz aceita abrir um processo, o criminoso vira réu e, vai a julgamento. Caso seja condenado terá que cumprir pena.
É o que esta acontecendo com Yuri de Moura Alexandre, o agressor de Victor. O MP fez a denúncia, que a 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aceitou, transformando Yuri de Moura Alexandre, o estudante de medicina que agrediu Victor, em réu.
A acusação é de lesão corporal e injúria por homofobia.
Além disso, Yuri enfrenta uma acusação de falsidade ideológica, pois no dia em que foi ouvido pela polícia, ele se apresentou como médico da Aeronáutica, informação que foi posteriormente desmentida.
O cerco ao agressor Yuri foi fechando e agora não em jeito, ele vai responder pelos crimes que cometeu.
🚨AGORA: Yuri Moura de Alexandre, estudante de medicina que agrediu o ator Victor Meyniel, virou oficialmente réu por lesão corporal e injúria de homofobia. pic.twitter.com/qlL2bvBaSN
— CHOQUEI (@choquei) September 15, 2023
Habeas corpus foi negado
Quando alguém é preso e acha que a prisão foi injusta, existe uma forma de continuar em liberdade durante as investigações. O habeas corpus é um instrumento jurídico que um juiz pode dar se entender que existe dúvida se sobre o crime ou sobre o criminoso.
O advogado do agressor entrou com um pedido de habeas corpus para que seu cliente ficasse em liberdade durante as investigações, mas não colou.
No caso de Yuri, seu pedido de habeas corpus foi negado pela desembargadora Denise Vaccari Machado Paes.
A defesa de Yuri, estudante de medicina, alegou que seu cliente estava sofrendo constrangimento ilegal. No entanto, a desembargadora não concedeu o pedido da equipe de Yuri, mantendo sua prisão.
Delegado se pronuncia
A médica que divide o apartamento com Yuri deu um depoimento alegando que Victor teve um comportamento inconveniente durante a visita, chegando a entrar em seu quarto quando estava nua.
Mostrou inclusive as mensagens trocadas por ela e Yuri.
O delegado João Valentim, da 12ª DP (Copacabana), em entrevista coletiva, lembrou a gravidade da agressão sofrida por Victor:
“Pelos depoimentos prestados, ficou claro que as agressões se iniciam no corredor, ainda no interior do apartamento. Mesmo que tenha havido um ato de inconveniência, nenhum tipo de ato justifica uma agressão brutal daquela”, não aceitando que o comportamento de Victor seja pretexto para as agressões, e continuou:
“Yuri se identificou para os policiais militares como médico da Aeronáutica e como casal, ou seja, como se fosse hétero”, disse o delgado, em entrevista coletiva.
A defesa de Yuri argumentou que seu cliente não pode ser acusado de homofobia porque ele é gay. O delegado Valentim respondeu com uma observação muito forte:
“Um negro pode ser racista e um gay homofobico”, falou o delegado sobre a complexidade das motivações por trás do ataque.
Como diz o ditado, “castigo vem a cavalo”. A justiça pode demorar, mas sempre chega, e Yuri agora vai enfrentar as consequências de seus atos.