Ana Obregón, atriz espanhola, é mãe e avó de Ana Sandra. Como é possível?
Publicado em:
06/04/2023
Ana Obregón mãe e avó de Ana Sandra
Um conto de fadas moderno, para deixar nossos corações derretidos.
A atriz espanhola Ana Obregón conseguiu realizar o último desejo de seu filho Álex Lequio, falecido aos 27 anos, vítima de um câncer raro, em 2020.
Alex congelou esperma antes de iniciar o tratamento contra o câncer. Caso conseguisse superar a doença, poderia realizar o sonho de ser pai, mas infelizmente veio a falecer.
Ana decidiu que poderia realizar o desejo do filho, utilizando uma barriga de aluguel. Demorou a conseguir as autorizações e teve que fazer todo o processo em Miami, Estados Unidos, porque a barriga de aluguel é proibida na Espanha.
Assim, a bebê Ana Sandra Lequio Obregón é filha biológica de Álex, e oficialmente, na sua certidão de nascimento, filha de Ana Obregón.
A avó biológica é a mãe de fato e de direito!
“Ela é filha de Aless e, quando crescer, direi a ela que seu pai foi um herói para que ela saiba quem ela é e o quanto deveria estar orgulhosa dele”, diz Ana com razão.
A atriz postou nas redes sociais mensagem para seu filho com a bebê no colo:
“Meu Aless: jurei que salvaria você do câncer e falhei com você. Prometi que traria sua filha ao mundo e aqui está ela em meus braços. Quando eu a abraço, a sensação é indescritível, porque é como se eu estivesse abraçando você de novo.”
“Juro que vou cuidar dela com o amor infinito que tenho para dar e lá do céu você vai me ajudar. Você é o amor da minha vida no céu e sua filha é o amor da minha vida na terra. Eu te amo até a morte”,
Críticas antes e depois da divulgação da história completa
Ana foi muito criticada quando a mídia descobriu que ela seria mãe, através de uma barriga de aluguel aos 68 anos. A Gazeta da Fama publicou um artigo sobre as críticas. Clique aqui para ler.
Depois das revelações da história toda, do conto de fadas triste e com final feliz, surgiram novas críticas.
As leis espanholas permitem a utilização de sêmen de um homem já falecido, apenas no intervalo de 12 meses após a morte.
Mas Gonzalo Velasco , filósofo, disse não ver nada ilegal, mas (tem sempre um mas!) via, isto sim, um problema ético:
“Ana Obregón assumiu a responsabilidade de interpretar os desejos do filho morto, e isso está indo longe demais”, disse ele à rádio Cadena SER. “Nenhum filho é propriedade dos pais, tampouco um filho morto. Nenhuma mãe ou pai tem o poder de interpretar os desejos do filho.”
Ainda mais complicações
A vida se torna cada vez mais complicada em nosso tempo. O conto de fadas da mãe/avó foi interrompido pelo problemas de registrar a bebê.
A mãe/avó Ana terá que registrar a filha/neta Ana Sandra, no consulado espanhol, antes de embarcar para Madri.
Pela lei espanhola uma avó não pode adotar um descendente, uma neta. Se ela for a mãe da criança, através da barriga de aluguel, o registro seria possível, mas apenas nos Estados Unidos e não na Espanha.
Conclusão do conto de fadas
Um conto de fadas sempre termina com a clássica frase “e viveram felizes para sempre”.
Neste conto de fadas real, a mãe/avó pode ter a certeza de que seu filho, esteja aonde estiver, está orgulhoso de ver a luta de Ana para realizar seu último desejo.
Profissionalmente, as coisas melhoram a cada dia. Depois de um período de afastamento pra cuidar do filho doente, Ana vai participar como jurada em programa de televisão, e participar de campanhas publicitárias.
Ana também se dedica muito à Fundação Álex Lequio que é administrada por ela e tem o objetivo de coletar fundos para pesquisas da cura do câncer.