Transfobia no Fantástico, a reportagem pisou na bola ao falar de homem transexual, o resultado: um processo milionário
Publicado em:
17/07/2023
Globo processada por transfobia no Fantástico
Processo de R$ 1 milhão contra a Rede Globo?
Isto mesmo. O motivo é que em 2019, numa reportagem sobre a morte do Sr. Lourival Bezerra de Sá, falecido aos 78 anos de morte natural, a emissora se referiu a ele como “uma mulher que se passava por homem”.
O Sr. Lourival sempre se identificou com o sexo masculino e, para viver da forma que queria e gostava, falsificou, segundo a reportagem, todos os seus documentos, assumindo uma nova identidade.
Poliana Abritta, na época apresentadora do Fantástico, fez a matéria com a chamada “você vai conhecer hoje o segredo de Lourival. Mulher se passa por homem durante 50 anos. Nem a família sabia”.
Alguns dias depois da reportagem, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo entrou com processo contra a emissora por uso de um termo preconceituoso para falar de um homem que viveu por mais de 50 anos com documentos falsos.
Ao invés da reportagem se referir ao Sr. Lourival como “uma mulher que se passava por homem”, deveria usara a expressão “homem transexual”.
Uma audiência de conciliação está marcada para 31 de agosto.
Como o assunto caiu na mídia?
Quando faleceu aso 78 anos de um infarte, os socorristas foram chamados mas não havia mais nada a fazer.
Ao examinar o corpo constaram que o idoso “havia nascido com um gênero diferente daquele com o qual se identificava” e que todos os seus documentos eram falsos.
O Sr. Lourival morava com uma mulher e adotou os filhos dela, mas a família nunca soube que ele era uma homem transexual.
O caso ainda sendo investigado e a Globo não se pronuncia sobre casos na justiça.
Na época o programa “A Tarde é Sua” também fez uma matéria sobre a reportagem.
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