Ludmilla é acusada de plágio por DJ Marlboro: treta no palco do funk e da Justiça!
Publicado em:
06/12/2023
A disputa legal entre Ludmilla e DJ Marlboro transcende os tribunais, tornando-se um símbolo do encontro entre diferentes gerações do funk brasileiro.
Ludmilla acusada de plágio: um embate entre gerações do funk brazuca
No universo do funk brasileiro, a acusação disputa entre Ludmilla e DJ Marlboro não é apenas uma questão legal, mas também um encontro de gerações. DJ Marlboro, um nome lendário, é frequentemente citado como um dos pioneiros do funk no Brasil, moldando o gênero desde os anos 80. Sua influência é inegável, estendendo-se por décadas e inspirando inúmeros artistas.
A esposa de Brunna Gonçalves, por outro lado, representa a nova geração do funk, trazendo uma abordagem moderna e internacional ao gênero. Ela incorpora influências contemporâneas e diversifica o estilo, alcançando um público global.
De fato, apesar de ser necessário reconhecer o quão “finas” são ambas as letras, na música Essa é a minha tara, de 2008, constam os seguintes versos:
Essa é a minha tara!
Vem amor bate não para
Com o piru na minha cara
Na música de Ludmilla, Vem amor, feita mais ou menos 10 anos mais tarde, a letra fala assim:
Vem amor bate não para
Com na minha cara
Não há dúvida de que Lud é a autora de Vem amor, já a autoria e os direitos da música Essa é a minha tara são abordados por Fabia Oliveira.
No entanto, conforme se pode facilmente observar, as duas letras são extremamente parecidas e no negócio da música existem direitos autorais.
Quer dizer, ainda que o funk se alimente de conteúdos sexuais explícitos, quando tem dinheiro na jogada, quem tem direito de receber alguma coisa vai querer receber sempre. E não é por má fé, é que como todo mundo, funkeiros têm contas para pagar!
A alegação de plágio contra Lud coloca em questão não apenas a sua originalidade da música Vem amor, mas também reflete as dinâmicas de mudança e evolução dentro do próprio funk.
Ludmilla defende veementemente sua criação, argumentando que, apesar de possíveis semelhanças, sua música é uma obra distinta de Essa é a minha tara. Tem narrativa e contexto próprios.
A esposa de Brunna não se cansa de enfatizar a importância da evolução artística dentro do funk, defendendo que expressões e temas comuns no gênero não devem ser vistos automaticamente como plágio.
O outro lado da treta argumenta que houve uso indevido de uma canção sobre a qual possui direitos e processou a cantora no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Segundo Fabia Oliveira, o lado de DJ Marlboro pede na justiça que o uso da obra seja impedido e que sejam pagos a ele danos morais.
Enfim, esta treta coloca em diálogo o passado e o presente do funk, desafiando o gênero a encontrar harmonia entre suas raízes e suas novas expressões, ainda que se mantenha extremamente “fino” e elegante em sua forma de se colocar!
Ludmilla: defendendo a originalidade
Ludmilla, em sua defesa, argumenta que Vem amor é uma obra única, com sua própria narrativa e estilo. Ela destaca a importância da inovação no funk, defendendo que semelhanças temáticas ou de expressão não configuram plágio. Sua posição ressalta o dinamismo e a constante reinvenção do funk.
Lud argumenta que mesmo que fossem identificadas semelhanças entre das duas músicas, os detentores dos direitos de Essa é a minha tara não teriam prejuízo algum e, também, que a acusação em questão seria uma tentativa de se aproveitar de seu sucesso de maneira indevida. Obviamente, não teve nenhum tipo de acordo no tribunal, a treta continua.
A novidade é que para Lud, ela ser “reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho na indústria musical” justifica a treta, que já é pública faz tempo, correr em segredo.
Por seu lado, a outra parte deseja a mesma coisa, mas por motivos diferentes: DJ Marlboro não é uma estrela internacional do calibre de Ludmilla, mas parece querer que a treta passe correr em segredo de justiça apenas para preservar a sua imagem.
Em resumo, os dois lados desta treta, por meio de seus ilustres advogados, estão pedindo a mesma coisa para o tribunal: que a gente não possa se divirtir ainda mais com este barraco!