Sandra Annenberg usou e abusou do meme “Que deselegante”! Como começou? Falou também de sua “Síndrome de Abstinência”
Publicado em:
23/09/2023
Imaginem a tensão que vive um apresentador de um telejornal com milhões de espectadores, antes, durante e depois da cada apresentação. Não é fácil!
Sandra criou meme “Que deselegante”
Cada jornalista tem sua marca registrada.
Sandra Annenberg, a jornalista que criou o meme “Que deselegante”, é um exemplo de como a adrenalina pode ser tanto uma aliada quanto uma inimiga.
O meme “Que deselegante” surgiu em 2011, quando a colega de trabalho de Sandra, Monalisa Perrone, foi agredida ao vivo durante uma transmissão do Jornal Hoje.
Monalisa dava, ao vivo, a notícia de que o então ex-presidente Lula (PT) havia sido hospitalizado para realizar a primeira sessão de quimioterapia contra um tratamento de câncer na garganta.
Sandra conta como começou esta história:
“Era a primeira sessão de quimioterapia do ex-presidente Lula na época, a gente estava no Jornal Hoje ao vivo para dizer que o ex-presidente tinha dado entrada, que ia fazer a primeira sessão e tal”, começou Sandra contando que até aí tudo bem, mas o caldo entornou:
“E aí nós chamamos ao vivo a repórter e na hora que ela entrou e falou ‘estamos aqui ao vivo no hospital para acompanhar’ veio um cara por trás e empurrou ela, e ela, muito pequeninha, magrinha, voou, na hora que aquilo aconteceu tiraram do ar, volta para o estúdio, tipo, ‘se vira, é com você’ “.
No estúdio, Sandra, sem saber o que dizer e querendo evitar palavrões, soltou o agora famoso:
“Que deselegante”.
A dose de adrenalina que Sandra recebeu ajudou a criar o meme, se conter e não falar palavrão ao vivo na Globo.
Ela abordou o assunto no podcast “Sem Nome Pode”, explicando que naquele momento, tudo o que vinha à sua mente eram palavrões que não poderiam ser ditos ao vivo.
Dá para imaginar o nível de tensão de uma apresentadora que viveu este perrengue? Adrenalina a mil.
Síndrome de abstinência de adrenalina
Existem muitas síndromes de abstinência:
- O alcóolatra que para de beber, sente esta síndrome
- O fumante que para de fumar, tem o mesmo problema
- O atleta que corre todos os dias, sente a falta da endorfina, quando não corre
A adrenalina é o hormônio que nos deixa preparados para situações de tensão e perigo. Como aquela que aconteceu ao vivo com sua colega Monalisa.
O lado bom da adrenalina é que ela nos prepara para situações difíceis, mas também existe um lado ruim.
Sandra revelou que após deixar a bancada do “Jornal Hoje” em 2019, ela começou a sentir taquicardia sempre por volta das 12h30, 13h, o horário em que costumava gravar a chamada do programa.
Ela chamou isso de “síndrome de abstinência de adrenalina”.
Mas será que adrenalina vicia?
O que dizem os psiquiatras?
Segundo psiquiatras, não exatamente. O que acontece é que o corpo demora a se acostumar com mudanças, e a adrenalina não causa uma dependência por si só.
De acordo com a psiquiatra Danielle Admoni, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), não existe o diagnóstico de “síndrome de abstinência de adrenalina”.
O que explica os sintomas de Annenberg é a demora do corpo em se reacostumar com uma nova rotina.
O psiquiatra Marcelo Feijó, especialista em estresse, explica que os sintomas são uma espécie de energia sobrando, que antes era gasto na atenção do programa ao vivo.
Rir é sempre o melhor remédio, então vamos lá.
Quem sabe, com a evolução da medicina, nossos médicos concluam que a “síndrome de abstinência de adrenalina” exista e tenha tratamento.
Neste caso, a descobridora da síndrome, “doutora Sandra Annenberg” seria homenageada e a síndrome passaria a se chamar “Síndrome de Annenberg”.
Você já teve a “Síndrome de Annenberg”? Todo cuidado é pouco!
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